A recente reportagem de Ana Cristina Gomes (Lusa), publicada no Observador, dá visibilidade à crescente influência da manosfera — um universo de fóruns, influenciadores e comunidades online que promovem ideologias masculinistas, misóginas e, em muitos casos, extremistas.
As investigadoras Inês Amaral e Maria João Faustino participaram nesta análise como especialistas, oferecendo perspetivas fundamentais sobre este fenómeno alarmante.
Inês Amaral destaca o modo como estas comunidades exploram as redes sociais para disseminar discursos de ódio, frequentemente disfarçados de humor ou liberdade de expressão. Já Maria João Faustino alerta para os efeitos psicológicos da exposição constante a este tipo de conteúdos, em particular entre os mais jovens, contribuindo para a normalização da violência e da discriminação.
As dinâmicas da manosfera não são meras “brincadeiras de rapazes” — são parte de uma cultura de violência que está a moldar a esfera pública. Reconhecê-las e enfrentá-las é um passo essencial para uma sociedade mais justa e segura.
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